Copa Paulista: Preparador diz que Portuguesa está chegando no auge físico e espera time mais constante

Kaio Sores, preparador físico da Portuguesa, detalhou que planeja performance mais homogênea e mais facilidade na prevenção de lesões

O preparador físico da Portuguesa Kaio Soares afirmou que o elenco da Lusa deve atingir o seu auge físico nas próximas rodadas da Copa Paulista; e que o torneio, pelo intervalo maior entre os jogos, possibilita um trabalho mais focado e mais eficiente na prevenção de lesões.

Em entrevista exclusiva ao Escanteio SP na última segunda-feira, o profissional detalhou o planejamento da Portuguesa para a Copa Paulista e contou que é esperado um rendimento físico mais homogênio na competição e dentro das partidas, devido ao tempo maior de recuperação e preparação.

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"O ponto principal aí é que durante a Copa Paulista a gente consegue ajustar algumas coisas em relação aos atletas. É claro que o principal já foi feito durante a temporada, isso foi igual, assim como na A2 foi feito igual agora na Copa Paulista. A diferença é que durante a A2 a gente não conseguia ajustar, era basicamente descansar os atletas para eles poderem estar aptos à partida seguinte. Agora, durante a Copa Paulista, por ter uma semana de intervalo entre os jogos, é possível você dar alguma enfase ou trabalhar alguma questão em relação à capacidade física que não foi possível (antes); então a principal (diferença) é essa", contou Kaio Soares.

Kaio Soares, preparador físico da Portuguesa
Kaio Soares é o preparador físico da Portuguesa (Foto: Dorival Rosa/Portuguesa)

"Em relação à intensidade dos jogos, até por ter essa uma semana em que você consegue recuperar o jogador e consegue de repente trabalhar algum aspecto, a expectativa é que a intensidade do nosso time seja realmente maior; na verdade não é nem que ela seja maior, é que ela seja durante todos os jogos iguais, não tenha uma queda de desempenho tão acentuada, como ocorreu em alguns momentos ali (da A2), principalmente quando começou a apertar muito essa questão dos jogos e nós fomos o time que jogou mais horários pela manhã; nos finais de semana todos os jogos nossos foram pela manhã, então nosso time acabou sentindo essa questão e agora não. Na Copa Paulista a expectativa é que se mantenha constante a intensidade que o nosso time já demonstrou ter durante toda a competição", completou o preparador físico da Portuguesa.

Após derrota para o Água Santa na estreia por 1 a 0 e vitória sobre o Juventus por 2 a 0, a Lusa se prepara para o seu terceiro jogo na Copa Paulista, um embate contra o Oeste, fora de casa. A partir deste duelo, é esperado que a Lusa atinja sua melhor condição física.

"Sim, a gente está próximo disso (auge físico), a pré-temporada ela termina de fato com o campeonato em andamento, ela não termina quando vai iniciar a 1ª rodada, até porque é o jogo mesmo - por melhor que sejam os seus treinos, por maior que seja a sua capacidade para desenvolver treinamento - é o jogo que de fato dá a condição final de perfomance do atleta", explicou.

"Então nós fizemos o primeiro jogo que fisicamente a nossa equipe já demonstrou estar num aspecto bom, e por que eu digo isso: nós fomos uma equipe que saiu atrás e terminamos o jogo, no 2º tempo, agredindo o adversário e tendo uma perfomance do ponto de vista físico boa, claro que a expectativa das pessoas é que esteja presente o mesmo nível como nós terminamos (a A2), até por ter permanecido os atletas, a comissão técnica, enfim. Vai se imaginar que apresente o mesmo nível que foi quando nós estivemos ali na fase final da A2, e não é isso, agora é um processo de evolução de novo e aí nós viemos para o jogo do Juventus em que demonstramos também estar em uma condição de evolução em relação ao Água Santa e (agora) vamos para o nosso terceiro jogo, a maioria ali já está mais utilizada, então é uma questão que começa a dar uma situação de ritmo de jogo mesmo para eles", seguiu.

"Então está se encaixando, agora neste terceiro, quarto jogo a equipe vai demonstrar aquilo que seria uma condição ideal de jogo para quem está cumprindo esse número de jogos que estamos cumprindo, e essa é a expectativa (...) e aí quando chegar a partir da quinta rodada não, aí já estão (bastante utilizados) e é o que eles vão apresentar mesmo, não vai ter uma situação tão acentuada de evolução, eles atingem um plateau que vai se manter; e a ideia é se manter por todo o campeonato; e aí quando chegar uma fase final, até por uma demanda mental mesmo, acaba se evoluindo um pouquinho, por uma questão não física, mas mental que faz com que o atleta melhore e mantenha esse padrão", concluiu o preparador físico da Portuguesa.

Prevenção de lesões

Com o tempo maior de intervalo entre as partidas também aumenta a chance da preparação física diminuir o número de lesões musculares sofridas pelos atletas. A comissão espera que os problemas, ainda que impossíveis de serem completamente evitados, ocorram em número menor em relação à Série A2.

"Assim, nós tivemos esse problema (de lesões musculares), assim como a maioria das equipes tiveram na A2, é uma questão natural; se demoniza muito a questão da lesão muscular, mas a verdade é que por melhor preparado que seja um atleta, não existe como você extinguir lesão muscular. Não tem como, ela faz parte. O que a gente faz é tentar minimizar ela, nós tivemos se eu não me engano seis lesões musculares, que é um número pequeno para o número de jogos e intervalo que tivemos, comparado com anos anteriores aí foi bem reduzido, só que claro, isso dai é uma questão que a gente fica incansavelmente atrás para que não aconteça", contou.

"Por conta até dessa questão dos jogos serem mais espaçados, nós não temos mais viagens longas pelo menos nessa primeira fase - que é outro fator que influencia muito nessa questão - então a gente está controlando o máximo possível para que isso não aconteça, mas não tem jeito, até no próprio dia a dia de fase de classificação, o cara treina de uma maneira que no jogo ele não vai desempenhar do mesmo jeito que ele faz no treinamento, ele faz um algo a mais porque o jogo é realmente o que vale, então essas diferenças acabam realmente influenciando questão de lesões musculares, mas nós temos os nossos controles ali dentro do que a gente tem de capaciade, de estrutura, nós tentamos minimizar e orientar para que isso seja o mais baixo possível. Graças a Deus até esse momento está uma condição boa, todo mundo bem, e é natural do dia a dia, a gente vai controlando aquele que está mais desgastado, que está mais dolorido, para que quando chegue no dia do jogo todo mundo esteje o mais descansado possível para poder desempenhar o seu papel (...) é o imponderável mesmo que entra aí nessa equação, e dentro do que a gente tem de possibilidade tentar minimizar o máximo possível", finalizou.

A Portuguesa volta à campo nesta quarta-feira, quando enfrenta o Oeste, em Barueri, às 19h, pela terceira rodada da Copa Paulista. A equipe soma três pontos, provisoriamente na 4ª posição do grupo 3.

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