São Paulo retorna à Fase Vermelha e libera Série A1, mas A2 e A3 seguem paralisadas

Na tarde desta sexta-feira, o vice-governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou o retorno de todo o estado para a Fase Vermelha do Plano São Paulo. Com a volta para a segunda fase mais rigorosa do plano de contigência do Covid-19, o futebol volta a ser liberado. No entanto, as divisões de acesso continuam paralisadas.

A paralisação das Séries A2 e A3 foi mantida já que as novas medidas do protocolo sanitário organizadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e pelo Ministério Público focam no primeiro escalão do futebol paulista. A Fase Vermelha entra em vigor na próxima segunda-feira e termina já no domingo, 18. 

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O novo protocolo prevê mais testagens, incluindo uma que será feita uma hora antes da bola rolar, medidas de contenção a proliferação do vírus mais rigorosas e a realização dos jogos após às 20h.

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A última partida das divisões de acesso ocorreu no dia 14 de março e completará um mês de sua paralisação nessa semana. Na última quarta-feira, a FPF adiou a reunião que teria com os clubes da A2 e A3. A nova conversa não tem uma data definida.

Com a interrupção postergada, a data prevista para o término da primeira fase, dia 5 de maio, começa a ser improvável e deve ter sua tabela refeita novamente.

Protocolo da A1 é praticamente impossível de ser seguido na A2 e A3

O protocolo pedido pelo Ministério Público para liberar a volta da Série A1 é praticamente impossível de ser implantado nas Séries A2 e A3. Os ajustes vão de um número muito maior de testes até jogos apenas no período noturno. Veja abaixo pontos do protocolo da A1 que dificilmente serão colocados em prática nas divisões de acesso:

  • Testes RT-PCR de três em três dias
  • Entrada de funcionários que não fazem parte da 'bolha' do clube apenas com um teste de antígeno
  • Quartos individuais para atletas
  • Jogos apenas após às 20 horas

Os clubes das Séries A2 e A3 recebem cotas bem inferiores se comparadas à Série A1. Mesmo na Série A2, a verba não chega a 20% do que os times 'menores' recebem na elite do Paulistão. Sem o mesmo poderio financeiro, o protocolo da A1 é muito difícil de ser implantado nas divisões de acesso. 

Além disso, a grande maioria dos clubes não têm a estrutura necessária para colocar os jogadores em quartos individuais. Outros, como Juventus e Monte Azul, times que disputam a Série A2, não possuem refletores em seus estádios e sequer podem mandar jogos à noite.

Com a liberação da Série A1, a tendência é de que a FPF agora trabalhe para flexibilizar o novo protocolo junto ao Ministério Público visando tornar viável a retomada das Séries A2 e A3. Isso, porém, só deve acontecer com a melhora dos números da pandemia no estado de São Paulo.