Pugliese desabafa sobre saída do XV e critica presidente: "Não merece nem desprezo"

Demitido do XV de Piracicaba há três semanas, Tarcísio Pugliese desabafou sobre sua saída do Nhô Quim. Em entrevista ao Escanteio SP, o treinador falou sobre a decepção de deixar o clube e o desentendimento com Arnaldo Bortoletto, presidente do Nhô Quim e responsável pela decisão de tirá-lo do comando técnico da equipe.

Tarcísio Pugliese fez duras críticas ao motivo utilizado pelo XV de Piracicaba para sua demissão: o fator financeiro. Só neste ano, o clube lucrou mais de R$ 2 milhões com a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil e a venda do goleiro Mateus Pasinato.

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“Foi um argumento ridículo. Eu ainda estava trabalhando e tinha muita gente no XV que não estava fazendo nada, não porque não queria, mas tem algumas funções que realmente não tinha o que fazer. E ele (Arnaldo Bortoletto) pagou todo mundo menos eu com esse argumento. Já fica um negócio baixo”, disse.

“É preciso ser homem e assumir as atitudes, isso não tem problema. Seja o que for, mas me fale a verdade. Só não venha com esse discurso idiota de falar mentira”, acrescentou.

Pugliese chegou ao XV de Piracicaba no final de 2018 e emplacou boas campanhas nas duas competições que o clube disputou em 2019. Na Série A2, o Nhô Quim sofreu um gol da Inter de Limeira nos últimos instantes do segundo jogo da semifinal e ficou sem o acesso nos pênaltis. No segundo semestre, foi vice-campeão da Copa Paulista, garantindo vaga na Copa do Brasil desta temporada.

Confiante com o trabalho no XV de Piracicaba, o treinador sonhava que poderia conseguir o tão sonhado acesso à elite paulista neste ano, tanto é que chegou a dizer ‘não’ ao Corinthians, que fez uma proposta para que Pugliese se juntasse à comissão técnica de Tiago Nunes.

“O pior é ser demitido no meio do trabalho. Um cara (Arnaldo Bortoletto) como esse que tem uma atitude dessa com 70 anos não merece nem desprezo. Eu trabalhei em uns vinte times na minha carreira, mas sem dúvida o XV está entre os três que eu mais gostei de trabalhar. Eu não queria ter saído de lá”, contou.

“Eu tive proposta do São Bento para a Série A1 do Paulista e B do Brasileiro e não saí. Tive o Corinthians e também não saí. E ainda tive de mais um time bom de Série B e não saí. Todos com propostas financeiras significativamente melhores. Era muito gostoso trabalhar lá. O que pesa muito é perder a possibilidade de conseguir algo que você queria muito. Se perder no campo é do jogo, mas um cara que te tirar a oportunidade... aí é fod*”, finalizou.

Além da decepção com a demissão, o técnico falou sobre a ligação sentimental com o XV de Piracicaba, a relação com a torcida e o futuro. Para não perder essa e outras entrevistas, increva-se em nosso canal no YouTube!

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