Com a venda do zagueiro Lucas Beraldo, concretizada pelo São Paulo para o Paris Saint-Germain, da França, o XV de Piracicaba aguarda pelo pagamento de 20% do jogador. Além do valor pela porcentagem da negociação, o Alvinegro Piracicabano deve receber através do mecanismo de solidariedade da Fifa como clube formador. O clube calcula que vai embolsar cerca de R$ 19 milhões pelo atleta, mas aguarda a cópia do contrato.
“A princípio, de acordo com a palavra do Casares, o pagamento seria em três parcelas. Nós estamos pedindo uma cópia do contrato de venda do jogador para que a gente possa ter uma noção exata de prazos e datas e está se encaminhando. A primeira parcela seria feita em maio, a outra em outubro e mais para frente, em maio do próximo ano, a terceira parcela. Dificilmente uma compra dessas é paga à vista, se for parcelada também, para o XV não tem problema. Na minha opinião, dá tempo para se planejar e utilizar esses recursos de forma melhor”, afirmou o presidente em exercício, Rodolfo Geraldi.
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Geraldi vê o recebimento do valor pelo zagueiro Beraldo como uma “benção”, já que o XV de Piracicaba acumula dívidas e a falta de recursos atrapalha todos os setores do clube. Do profissional até a base, Rodolfo Geraldi define a situação do Nhô Quim como “terrível”.
“Excluindo o dinheiro do Beraldo, o XV está em uma situação terrível em todos os aspectos. Estrutural, financeiro, campo e base. Eu sou contra dizer que vai investir em jogador, que vai comprar jogador, isso esquece. Nós tivemos dificuldade para pagar aluguel de alojamento de jogador. Na fisioterapia, os jogadores levam 60 dias para se recuperarem, quando poderiam se recuperar em 30 dias porque nós não temos equipamentos, não temos academia. Quita as dívidas mais proeminentes, com juros mais altos, que são parceladas e vamos tocar a vida. Nós temos que pensar no time feminino, ele foi feito na raça”, disse Geraldi.
CT e dívidas
O dinheiro da venda de Beraldo não será utilizado para montagem do elenco. Geraldi se diz contra o investimento em jogadores e reafirmou que a prioridade do XV é pagar contas urgentes, que hoje são com imobiliárias, hotéis que hospedam jogadores recém-chegados ao clube e acordos trabalhistas.
Em setembro, o diretor financeiro do clube Arnaldo Bortoletto já havia descartado o uso do dinheiro para a construção de um CT em um primeiro momento. Em paralelo, Bortoletto afirma que sem a base, o XV não consegue sobreviver. Recentemente, o clube vendeu o zagueiro João Maistro ao Atlético-GO por R$ 400 mil.
O valor corresponde a 75% do jogador, o XV ainda possui 25% dos direitos econômicos do atleta. A primeira parcela foi recebida no dia 10 de dezembro e será usada para o pagamento de salários no próximo dia 8. A segunda parte será recebida no dia 15 de março.
“Com a entrada desse dinheiro do Beraldo, nós primeiro temos que saldar os compromissos urgentes do XV. Nós temos ainda algumas pendências, alguns acordos que estão sendo pagos mensalmente e temos que liquidar. É fundamental o XV ter um CT de treinamento para a base ou talvez um campo de treinamento para o profissional. É um planejamento para o futuro, é na base que nós temos que investir. O XV sem a base não vai dar para sobreviver. O XV hoje tem preço para os jogadores da base”, afirmou o diretor.
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