Paulista Segunda Divisão

Após eliminação, diretor do XV de Jaú critica extracampo dos jogadores

Lucas Brando expôs problemas extracampo e lamentou a postura dos jogadores no Paulista Segunda Divisão

XV de Jaú foi eliminado do Paulista Segunda Divisão

Lucas Brando é diretor executivo do XV de Jaú - Foto: Divulgação/XV de Jaú

Com a derrota para o Joseense na última rodada da terceira fase, o XV de Jaú deu adeus ao Paulista Segunda Divisão. Após a eliminação em pleno Zezinho Magalhães, Lucas Brando, diretor executivo, lamentou a queda de rendimento da equipe ao longo da competição e criticou os jogadores. 

“A atuação foi uma vergonha. Uma das piores da história do XV de Jaú, totalmente incompatível com as atuações anteriores e com o trabalho do Campagnollo. Difícil buscar uma explicação. Eu isento o treinador Marcos Campagnollo de qualquer coisa que eu venha falar, mas o que eu posso falar é que alguns jogadores estavam mais preocupados com outras coisas do que jogar futebol. Quando eles (jogadores) acham que estão em uma colônia de férias, fica muito complicado. Não que isso seja justificativa, mas faltou maturidade”, disse em entrevista à Rádio Jauense.  

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“Nossa equipe teve meses de invencibilidade, mas perdeu quando não podia perder e não teve maturidade para encarar a derrota. Nunca vou me esconder do torcedor, deixar de falar a verdade e assumir a responsabilidade, que é de todos nós. O torcedor e quem banca o clube não mereciam isso. Infelizmente dependemos desses caras (jogadores) para existir”, acrescentou. 

Queda de rendimento e farra dos jogadores

Após somar sete pontos no primeiro turno da terceira fase, o XV de Jaú esteve a uma vitória de conseguir a classificação, mas sofreu três derrotas em sequência e não obteve a vaga nas quartas de final. Lucas Brando citou que preciso lidar com questões extracampo de alguns jogadores ao longo da campanha.  

“Tivemos dispensa de jogadores pelo extracampo, o Thalisson, o Nino, o Inácio. Chega uma hora que, se a gente manda embora todo mundo que dá mancada no extracampo, não tem time para jogar. A gente tenta despertar o melhor do ser humano, mas de uma hora para a outra a gente se perdeu na competição e não conseguiu se reencontrar”, disse. 

“Desculpa se eu estou passando do ponto e fugindo um pouco da ética. A gente tem muito cuidado porque senão íamos expor muita gente que merece ser exposta, mas eu atribuo 95% aos jogadores a queda de rendimento nos últimos três jogos. A gente viu atletas hoje errando passe de cinco metros, errando coisas que não erravam. Difícil entender pelo aspecto técnico, então vamos cavocar os detalhes fora do campo e muitas coisas que a gente desconfiava começa a perceber. Jogador que está empregado, que já tem clube para ir. É uma divisão difícil de trabalhar”, afirmou. 

Por fim, Lucas Brando apontou que a "noite de Jaú" e o excesso de confiança podem ter sido fatores que atrapalharam o rendimento do time nos momentos decisivos do campeonato. 

“Ficou nítido que talvez tenha tido um excesso de confiança dos nossos jogadores, que acharam que tudo ia dar certo mesmo indo para a noite e a farra. Aqui em Jaú tem um problema muito sério e eu vou externar isso. Já passou da hora. Ninguém está fugindo da responsabilidade, mas Jaú tem um problema muito sério que todo ano sempre as mesmas menininhas levam e desvirtuam os jogadores. Ninguém pensa em ninguém. Cada jogador tem que ter o discernimento e cabe a nós educá-los, mas são sempre as mesmas pessoas que apresentam as meninas e os lugares. Todo ano é a mesma coisa”, finalizou. 

Com a eliminação na terceira fase, o XV de Jaú se manteve no quarto nível do futebol paulista para o ano que vem, quando vai celebrar seu centenário. O Galo da Comarca não chega a Série A3 desde 2012.

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