Com a crise financeira gerada pela pandemia do novo coronavírus, a Portuguesa Santista decidiu dispensar o técnico Sérgio Guedes e a maioria elenco, projetando retomar a Série A2 com um grupo formado essencialmente por jogadores das categorias de base. O treinador, entretanto, não poupou críticas aos responsáveis pela gestão do clube.
"Eu lamento muito. Vendi meu patrimônio para dirigir a Portuguesa Santista porque não fui remunerado suficiente para manter a minha família legal. Então, fiquei com uma decepção, um sentimento muito ruim de não terminar o trabalho. Mas isso já está superado, tudo certo. Fiz o que tinha que fazer", disse em entrevista ao site Netlusa.
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Sérgio Guedes assumiu o comando técnico da Portuguesa Santista na Série A3, em outubro de 2017, quando tinha mercado em equipes de divisões superiores. Logo no ano seguinte, conseguiu o acesso para a Série A2. Após parar nas quartas de final na última temporada, o treinador levava mais uma vez a Briosa para o mata-mata ao ocupar a terceira colocação do campeonato, mas foi dispensado durante a pausa forçada pelo coronavírus.
"Só não espero que daqui a dois anos só não me chamem para trazer o time de volta porque vão derrubar a equipe de novo, vão levar para o buraco. Tenho certeza, lá começa a virar negociata, ter outros interesses que eu, particularmente, não lido bem. Mas, isso agora não é problema meu e minha história na Portuguesa acabou", disse, lamentando o fato de não poder assumir outra equipe na competição.
"Uma pena que eu não possa treinar outra equipe da competição, pois eu poderia ir na concorrência agora e aumentar a possibilidade de êxito. A não ser que mude, o regulamento não permite isto", finalizou.