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Sem receita, Monte Azul dispensa funcionários e fecha temporariamente

Com a paralisação do Campeonato Paulista da Série A2, o Monte Azul não recebeu a cota da Federação Paulista de Futebol (FPF) e fechou as portas temporariamente enquanto a aguarda o retorno da competição e a quantia necessária para quitar os débitos com os atletas. Em entrevista ao Escanteio SP, o presidente do AMA, Marcelo […]

Com a paralisação do Campeonato Paulista da Série A2, o Monte Azul não recebeu a cota da Federação Paulista de Futebol (FPF) e fechou as portas temporariamente enquanto a aguarda o retorno da competição e a quantia necessária para quitar os débitos com os atletas. Em entrevista ao Escanteio SP, o presidente do AMA, Marcelo Cardoso, falou sobre a situação do clube em meio à pandemia do novo coronavírus.

“A cota da Federação foi cortada, todos sabem. Estamos com parte do pagamento de março atrasados, paguei somente uma parte. Suspendi os contratos de quase todos os jogadores, temos um ou outro que tinha contrato longo. Um nós emprestamos, dois já estão pré-emprestados para o pós-Campeonato Paulista”, disse o mandatário.

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“Na verdade, o clube fechou as portas, dispensamos todos os funcionários. Inicialmente demos férias aos atletas. Os atletas que têm contrato mais longo estamos devendo todos esses meses... não temos receita. Venho conversando com eles e entendem a situação. Creio que voltando a competição a gente possa acertar tudo isso de forma parcelada”, completou.

Diante desse cenário, uma boa colocação do Monte Azul na Série A2 será fundamental para que o clube consiga honrar seus compromissos. Quanto melhor a posição, maior a premiação vinda da FPF.

“A premiação da colocação final também vai ser muito importante para que a gente possa fechar as contas. Se não vai ser prejuízo, vamos ter que buscar o dinheiro de alguma forma para fazer esse acerto com todos eles”, afirmou Marcelo Cardoso.

Por fim, o presidente do AMA destacou a importância da cota vinda da Federação para a equipe de Monte Azul Paulista, cidade de 18 mil habitantes. O município, inclusive, é o menor de São Paulo a ter uma equipe no estadual.

“Por ser uma cidade do interior, longe da capital, é muito difícil a gente arrumar patrocínio em dinheiro. A maioria dos patrocínios que a gente consegue são permutas. Nós temos apenas um patrocinador em dinheiro que suspendeu o pagamento e a nossa principal receita é a cota da Federação. Nós não temos nenhuma porcentagem dela bloqueada, então ela é a nossa maior receita", disse. 

"Na normalidade, sem a pandemia, a cota da Federação não é suficiente para a gente fazer o futebol aqui no Monte Azul, então a gente depende de investidores que investem no clube ou até nos próprios atletas para que a gente possa fazer o Paulista todo ano. Somente quando voltar o campeonato, com a cota da Federação, eu vou poder acertar com o que está atrasado e vou ter que brigar por uma colocação lá em cima na tabela para que a gente possa utilizar a premiação como ajuda para que possamos fechar as contas”, finalizou.

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