Exclusivo: Presidente do São José explica processo de venda da SAF

Em entrevista ao Escanteio SP, o presidente do São José deu sua opinião e explicou detalhes do processo da venda da SAF

Após assinar uma minuta concordando com a venda da SAF, o São José está perto de se tornar de fato um clube-empresa. Em entrevista ao Escanteio SP, o presidente do clube, Celso Monteiro, explicou em que pé estão as negociações e o que falta para o acordo ser consumado.

O documento foi assinado pelos empresários Oscar Constantino e Bruno Cazarini, diretores do Grupo Oscar Calçados.

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"A SAF é para nos ajudar, porque não sei se vocês sabem, futebol é muito caro, é caríssimo tocar um time de futebol, pagar em dia não é fácil não. E para a gente esse ano, a gente toca futebol aqui em São José, futebol de verão praticamente, três ou quatro meses, se for bem quatro meses, se for mal três meses e já saímos do campeonato. E nós, pensando na torcida, no torcedor e no próprio clube, a gente pensou em abrir a SAF, porque abrindo a SAF quem viesse tocar o São José iria querer disputar os campeonatos da FPF o ano todo, não só a Série A3, tem a Copa Paulista - que dá para disputar para ganhar e subir para a Série D. E graças a Deus já veio um empresário que é de São José dos Campos mesmo, um empresário que é bem sucedido aqui com rede de calçados, mas ele não está aqui em São José há apenas cinco anos, dez anos, ele está muito mais de 20 anos, e é uma pessoa que conhece futebol, gosta, um filho dele já jogou futebol também, e nós estamos agora abrindo espaço para eles", contou o presidente no último Escanteio Entrevista, na segunda-feira.

"(O São José) ainda não se tornou SAF, nós demos autonomia para ele buscar realmente nossas despesas, quanto realmente nós estamos devendo, porque no nosso levantamento aqui deu entre R$ 20 a 25 milhões. E para ele saber realmente se é só isso mesmo, ou se tem mais, menos, ele está fazendo o levantamento agora. Depois de feito o levantamento nós vamos sentar e decidir se realmente é isso que ele vai tocar, porque ele vai ter ainda seis meses para analisar todas as contas, só que nesse intermédio de tempo nós já fizemos uma minuta, assinamos. Logicamente tudo direciona para isso (assinatura da SAF), uma coisa importante é que ele não pode esperar muito tempo, porque outubro já está aí, novembro já está aí, daqui a pouco é dezembro, janeiro e começa o campeonato. Então ele também não pode esperar seis meses para fazer o levantamento todinho das contas sem mexer nessa parte, na logística do futebol", seguiu o dirigente.

Ao longo da entrevista, Celso Monteiro fez uma série de elogios à ideia da SAF e aos investidores que se aproximaram do São José. Além do pagamento da dívida, o mandatário espera que os gestores tenham um bom fluxo de investimento no clube e até possam tomar conta da administração do Martins Pereira.

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"A SAF não vem só para pagar dívidas, vem também para ajudar o crescimento. No caso do São José nós temos uma dívida, de R$ 20 a 25 milhões, pode ser menos ou mais, a nossa vantagem de estar com esse empresário, é que é um empresário da cidade, de sucesso, conhece totalmente a história do São José, as tradições do São José, gosta do time, então não estamos vendendo o São José Esporte Clube, é praticamente uma parceria, aonde esse empresário - logicamente quem paga manda, ele vai ter toda a oportunidade de mandar e desmandar; a única coisa que eles não vão poder fazer é tirar o São José da cidade de São José dos Campos, não vão poder tirar o hino, ou mudar as cores - mas como ele é da cidade, adora a cidade, então ele não está com pé atrás, ele só quer saber a real de qual é o valor mesmo, se é R$ 20 milhões, R$ 25 milhões, R$ 30 milhões, mas acredito que são de R$ 20 milhões para baixo, porque tem muitas ações que já estão prescritas. E mais ainda, esse empresário quer mesmo ajudar o São José Esporte Clube, na cidade que ele está há mais de 30 anos", seguiu Celso Monteiro.

"Ele vai ter seis anos para pagar a dívida, se ele não conseguir pagar a dívida em seis anos ele tem mais quatro anos. Então na realidade vai ser um contrato de no mínimo dez anos", completou o dirigente.

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