Maior jogador de futebol de todos os tempos, Pelé morreu nesta quinta-feira, aos 82 anos, após longa luta contra o câncer de cólon. O Rei acumulou, ao longo de sua carreira, diversas histórias com os times que, hoje, compõem o futebol paulista além da elite — e o ESCANTEIO SP faz uma coletânea delas, em homenagem ao eterno Edson Arantes do Nascimento.
Neste texto, você vai conferir como o São Bento, no início de 1957, rejeitou a contratação daquele que viria a ser o Atleta do Século.
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Naquela época, o Bentão e o Santos tinham ótima relação entre si. O time de Sorocaba possuía interesse no atacante Raimundinho, do Peixe, que não estava nos planos da equipe da Vila Belmiro. Com isso em mente, Flavio Guariglia — então diretor do São Bento — foi até Santos para resolver a contratação.
Ao chegar na Vila, Guariglia foi recebido por Lula, então treinador do Santos. O diretor avisou o técnico que estava lá para contratar um jogador da reserva do Peixe.
"O Lula falou: pode levar qualquer um dos que estão no banco. Eu disse: quero o Raimundinho. E o Pelé estava lá", relembrou Guariglia à Revista Oficial do São Bento, edição de fevereiro de 2011, em texto escrito por Luiz Carlos Éden.
No fim das contas, Guariglia pôde levar três jogadores da reserva do Santos. Nenhum deles foi Pelé, que não chamou a atenção do diretor: Raimundinho, Waldir e Zézinho foram contratados.
"O Alfredo (Metidieri, ex-presidente do São Bento e que foi também mandatário da FPF) até hoje não se conforma. Mas nem eles do Santos conheciam o Pelé direito ainda", contou à época. Guariglia e Metidieri faleceram em 2019 e 2015, respectivamente.
Pelé só foi despontar para o mundo do futebol depois. Enquanto isso, o São Bento colheu — e bem — os frutos da viagem a Santos: Waldir e Zézinho chegaram a ser titulares, enquanto Raimundinho foi o artilheiro da segunda divisão do Campeonato Paulista de 1957, com 24 gols.