*Texto escrito pelo colunista Guilherme Faber, torcedor da Francana e jornalista dos sites Alto Astral e Terra
José Chagas, o “Eca”, nasceu em 10 de agosto de 1923 no município de São José da Bela Vista (SP), logo estabilizou-se em Franca (SP) e foi jogador da Francana nas décadas de 40 e 50. Eca Chagas foi aquele lateral-esquerdo com cabeceio “mortal” e boa impulsão devido a sua estatura, segundo relatos dos jornais da época.
Relacionadas
Em 1948, Eca se destacou na defesa do esquadrão vitorioso da “Veterana” ao lado de Tuti e Gonçalves, cujo trio dava sustentação para o setor de ataque liderado por Tonho Rosa, Canhotinho e Luisinho Rosa.
Chagas ainda atuou por uma temporada como atleta no Radium-SP, equipe que ajudou a conquistar um espaço na Divisão Especial do Futebol Profissional do Estado de São Paulo (Atual A-1) na temporada de 1950.
Assim que pendurou as chuteiras em 1959, José deu início a sua carreira de técnico e entre idas e vindas cravou o seu nome na história da Francana. Chagas amargou o quase com acesso do Paulista no ano de 1969 em batalha perdida para a Ponte Preta. Manzato, Zé Augusto e Geraldo foram as “sensações” dessa campanha.
Inscreva-se no canal do ESCANTEIO SP no YouTube
A consagração do Eca como treinador da Francana veio em 1977. As saídas de Marcos Pavlovsky e Gaspar Berrance motivaram o presidente desse ano, Otto Sandoval, a efetivar o então gestor no comando técnico.
Logo depois, Chagas contribuiu para ida da “Feiticeira” à elite do Paulista em trajetória, que culminou com a vitória por 2 a 0 em cima do Araçatuba, na decisão da Intermediária (Atual A-2), em pleno Lancha Filho, com 22 mil pessoas, na tarde de 4 de dezembro.
“Eca era uma figura de Franca. Aquele treinador paizão e não havia naquela época o conhecimento tático. Cada um tentava jogar dentro da sua característica. Ele chegou, liberou o pessoal e foi importante nisso. Isso talvez tenha sido a grande contribuição do Eca naquele time. Era uma pessoa querida dentro do grupo”, afirmou Geninho em entrevista exclusiva para o Escanteio SP.
Também com a prancheta na mão, ganhou um título goiano com o Vila Nova e levou Votuporanguense-SP e Olímpia-SP para conquistas. A última passagem de Eca Chagas como técnico da Francana foi em 1980.
Eca Chagas aposentou-se na década de 80, foi casado com Vani Sampaio Chagas, com quem teve os seus filhos Carlos Antônio Chagas, o “Zuca”, e Maria da Graça, e morreu em 13 de maio de 1995 depois de cinco meses de tratamento de severa enfermidade.