Conforme noticiado pelo Escanteio SP, o Juventus lida com um déficit orçamentário na casa dos milhões por conta da pandemia do novo coronavírus. Sem poder alugar espaços para eventos, sua maior fonte de receita, o clube social passa por um momento delicado. Essa crise, porém, não afeta o futebol, que se mantém sozinho através de um patrocinador máster e a da cota da Federação Paulista de Futebol (FPF).
Mesmo aguardando a última parcela da ajuda da FPF, o Juventus fez contratações para a retomada do Campeonato Paulista da Série A2 e ocupa a quarta colocação na tabela, muito próximo de uma classificação ao mata-mata. Tudo isso graças a São Cristóvão Saúde, principal parceiro do clube no departamento de futebol, conforme disse Antônio Ruiz Gonsalez, o Toninho, presidente do Juventus, em entrevista para a Web Rádio Mooca.
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“Com essa pandemia, não só nós como todos os clubes estão em situações difíceis e lutando para colocar tudo em ordem. Estamos pagando todos os nossos compromissos, porém com muita dificuldade. Por quê? Porque deixamos de arrecadar mais de 70%. A verba que o Juventus recebe hoje é deficitária, porque nossos compromissos são muito grandes”, disse.
“Isso não é só com a gente, que somos clube pequeno. Os clubes grandes também, você vê o Corinthians que está com salários atrasados. Realmente está difícil, porém não temos salários atrasados, estamos pagando tudo em ordem graças ao patrocínio máster da São Cristóvão Saúde, que banca totalmente a parte de futebol profissional e ainda nos ajuda na parte social”, concluiu.
Deste modo, Toninho está confiante de que o Juventus pode retornar para a elite do Campeonato Paulista. “Graças ao nosso patrocinador máster conseguimos montar um bom time, um bom banco e estamos esperançosos para voltar à A1. Não só o técnico como os jogadores estão se esforçando ao máximo para alcançarmos nosso objetivo, que é voltar para a A1”, afirmou.
Situação do clube social
O ótimo momento do futebol contrasta com a situação do clube social. Com base na MP 936, o Juventus reduziu os salários dos funcionários da área social e amenizou os prejuízos. Ainda assim, a receita arrecadada não é suficiente para fechar as contas do mês. Deste modo, o presidente pediu a ajuda dos sócios remidos, que não pagam mensalidade.
Após decisão do Conselho Deliberativo em julho, o clube decidiu cobrar seis mensalidades de R$ 100 de cada um dos quase seis mil sócios remidos. Segundo Toninho, essa quantia será usada essencialmente para que o Juventus não precise demitir funcionários.
“É o momento de quem gosta do clube ajudar. Esse dinheiro que entrará futuramente é destinado para a folha de pagamento. A nossa preocupação é pagar os funcionários. Caso contrário, vamos precisar mandar mais de 60 funcionários embora. Nós dependemos dessa ajuda dos remidos para não mandarmos funcionários embora. O dinheiro não é para investimentos em futebol ou manutenção, é para pagar os funcionários”, disse.
“Como vamos administrar o clube sem receita? Como vamos pagar salário, água, luz e manutenção se não tem receita suficiente? Fica difícil. No futebol, nós temos a receita do patrocinador. Não precisamos nos envolver lá. Agora a parte social precisa estar em dia. O sócio exige limpeza, piscinas em dia... mas de que forma vamos fazer isso?”, finalizou Toninho.
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