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Edson Vieira rechaça rótulos e sonha com acesso: “Vou para outro patamar”

Em fevereiro, Edson Vieira estava se preparando para comandar o União Barbarense na Segunda Divisão, equivalente ao quarto nível do futebol paulista, quando recebeu o convite para assumir o comando técnico do São Bento. De lá para cá, o Bentão mudou da água para o vinho. Edson Vieira pegou o São Bento na zona de […]

Em fevereiro, Edson Vieira estava se preparando para comandar o União Barbarense na Segunda Divisão, equivalente ao quarto nível do futebol paulista, quando recebeu o convite para assumir o comando técnico do São Bento. De lá para cá, o Bentão mudou da água para o vinho.

Edson Vieira pegou o São Bento na zona de rebaixamento do Campeonato Paulista da Série A2, engatou sete vitórias consecutivas e classificou a equipe para o mata-mata com a quarta melhor campanha.

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“Eu estava no União Barbarense. Ia começar a preparar o time para a Segunda Divisão com o gestor Clayton Vieira, que era meu jogador quando subimos em 2008. Eu só sairia se quisesse, pois eu fazia parte do projeto. No meu segundo dia, a diretoria do São Bento me procurou. Eles haviam perdido para o São Caetano e resolveram trocar o Léo Condé”, disse em entrevista à Federação Paulista de Futebol (FPF).

“Me fizeram uma proposta e pedi liberação do União. Peguei o time na zona de rebaixamento, um vestiário destruído na parte mental. Vi que os jogadores não estavam bem, mas, quando começamos a trabalhar, os jogadores compraram a ideia e foram acreditando”, acrescentou.

Treinador de divisão de acesso?

Com vários trabalhos em equipes de Segunda Divisão, Série A3 e Série A2 do futebol paulista, Edson Vieira rechaça o rótulo de treinador de divisão de acesso e ressaltou a experiência adquirida enquanto atleta. 

“Era uma coisa que me machucava muito, mas agora estou um pouco consciente. Se me rotularem não ligo mais. Ganhei tudo na Série A3. Já trabalhei na Bezinha (Segunda Divisão), na Série A2. Só não fiz Série A1”, disse.

"Eu trabalhei lá fora como jogador e aprendi com argentino, uruguaio, mexicano, iuguslavo... Eu aprendi parte tática. Aqui trabalhei com técnicos que não me ensinaram parte tática. Eu aprendi lá fora. Eu tento mesclar. Os caras rotulam nós, mas não sabem nada da nossa vida, que a gente estuda, que a gente vive. Tem muito ‘treinadorzinho’, como eles dizem por aí, bom que está abaixo da Série A1, que está embaixo porque não tem oportunidade”, afirmou.

Importância de mais um acesso na carreira

Edson Vieira destaca a importância do acesso para sua carreira, mas ressalta que o São Bento não terá vida fácil, mesmo após fazer 3 a 0 diante do São Bernardo no jogo de idas semifinais da Série A2. O jogo de volta está marcado para esta terça-feira, às 15 horas, no ABC Paulista. 

“Se eu conseguir o acesso, é um sonho. Sei que vou para um outro patamar. Sei que tenho condições de trabalhar em uma divisão maior. A única coisa que vejo hoje é trabalho. O jogo é consequência. O que vem depois é um reflexo do que se fez no dia a dia. (O acesso) Vai ser o mais importante da minha vida, para minha família, para os atletas que gostam de mim”, afirmou.

“Como sempre disse: estamos correndo por fora. As coisas encaixaram, foram dando certo e o grupo comprou a ideia. Mas, tenho respeito pelas pessoas que trabalham no futebol, pelo Marcelo Veiga, pelos atletas que estão lá, pelas pessoas que estão gerindo o clube. O adversário é bem dirigido e tem um suporte muito bom. Vamos para uma final, 0 a 0. Não tem motivo de euforia. Respeitamos muito”, finalizou.

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