Contra o preconceito racial, Portuguesa Santista lança terceiro uniforme

A Portuguesa Santista divulgou o seu terceiro uniforme na tarde deste domingo. Produzida pela Icone Sports, a nova camisa relembra a excursão da Briosa ao continente africano em 1959, quando o clube venceu as 15 partidas e se posicionou contra o Apartheid, o regime de segregação racial existente na África do Sul.

Na ocasião, o governo sul-africano proibiu Bota, Nenê e Guilherme, atletas negros da Portuguesa Santista, de entrarem em campo. O clube brasileiro decidiu não disputar a partida na Cidade do Cabo em forma de protesto. O episódio fez com que o governo brasileiro, por intermédio de Juscelino Kubitschek, se posicionasse contra o Apartheid. No retorno, a delegação da Briosa foi recebida por uma multidão de torcedores e simpatizantes. 

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Dentro de campo, a Portuguesa Santista teve uma grande jornada no continente africano. A Briosa venceu as 15 partidas que disputou, o que lhe rendeu a Fita Azul, título dado pela Confederação Brasileiro de Desportos (CBD), atual CBF, para clubes que voltavam do exterior invictos. 

Manto de todos

As sugestões para o terceiro uniforme vieram da própria torcida. Por meio das redes sociais, a Portuguesa Santista fez uma campanha para que torcedores mandassem desenhos. Foram centenas de sugestões enviadas, mas a escolhida foi feita por Marinangelo Nunes Alfredo. 

Com o escudo bordado com cores especiais em azul, preto e dourado, o novo uniforme é uma homenagem a Bota, Nenê e Guilherme, a todos os mártires da luta racial e também a seus heróis anônimos, que dia e noite enfrentam os males da intolerância.

Foto: Divulgação/Portuguesa Santista

 

Foto: Divulgação/Portuguesa Santista

 

Foto: Divulgação/Portuguesa Santista

 

Foto: Divulgação/Portuguesa Santista

 

Foto: Divulgação/Portuguesa Santista

 

Foto: Divulgação/Portuguesa Santista