Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), já disse inúmeras vezes que quer terminar as Séries A2 e A3 do Campeonato Paulista dentro de campo. Mas desta vez foi mais contundente. O dirigente projetou que os clubes que não voltarem aos gramados após a retomada da competição terão que enfrentar a Justiça Desportiva e poderão ser rebaixados.
Em entrevista à TV TEM, Reinaldo Carneiro Bastos foi questionado sobre o motivo de a Santacruzense não ser punida por desistir da Série B do Campeonato Paulista, equivalente a quarta divisão, e a abordagem em relação aos clubes das Séries A1, A2 e A3 ser oposta.
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“A diferença da segunda divisão (Série B) é que não há rebaixamento, então não há punição técnica. A Federação não vai punir de nenhuma forma os clubes da segunda divisão. No A1, A2 e A3, o clube que deixar de disputar a competição pode ser rebaixado. São situações diferentes de competições que existem rebaixamento de competições que não têm rebaixamento. Todos os clubes da Séries A1, A2 e A3 começaram a competição e aceitaram o regulamento. E aí Justiça Desportiva pode atuar e punir o clube que desistir de jogar” disse.
Vale ressaltar que a entrevista foi realizada antes do Noroeste encerrar as atividades, rescindir contratos e apoiar o fim do Paulista. Reinaldo Carneiro Bastos ainda reforçou a posição de que o estadual será encerrado dentro de campo.
“Todas as divisões, o A1, o A2 e o A3, terão seus campeões e os rebaixados decididos dentro do campo, jogando futebol. E todos os clubes terão atletas para jogar as competições. Nós vamos prorrogar as datas de inscrições e nós vamos dar aos clubes condições de recontratar os mesmos jogadores ou recolocar novos atletas dentro da lista de 26. Nenhum clube deixará de terminar a competição por falta de atleta”, disse.
Por fim, Reinaldo Carneiro Bastos enfatizou que o desejo da FPF é usar a Série A1 como um laboratório para as Séries A2 e A3. A entidade, inclusive, estuda realizar a Copa Paulista simultaneamente com a Série A3, a fim de fazer os clubes da A3 pouparem gastos com jogadores para participar das duas competições.
“Nós vamos aprender com a Série A1. Nós vamos saber o que foi bom, o que foi desnecessário e vamos montar um protocolo com a experiência da prática. E aí vamos nos reunir com os clubes da Série A2 e fazer todo o sacrifício necessário para que a área sanitária venha em primeiro lugar. E vamos conseguir”, disse.
“O próximo passo é fazer a Série A2 porque lá temos dois clubes com calendário nacional. E a Série A3 será a última competição que retorna porque não há pressão de calendário nacional para os clubes”, finalizou.